Não sei quem és nem como conseguiste entrar no meu sonho. Não te dei licença mas, afinal, os sonhos são mesmo assim. Sem lógica, involuntários e sem consequências (?).
Não consigo descrever-te, o teu rosto está sempre desfocado e tenho a impressão que caminhas à beira de um qualquer rio... ou lago? Apareces vindo da bruma, imagem esfumada pairando à minha volta, num estranho delírio em que voamos sobre campos, rios, mares em nada semelhantes ao mundo real. Oiço a tua voz murmurar palavras suaves que atravessam o silêncio. Quando te vais, as palavras ficam comigo. E ontem, na tua visita sonhada, deixaste comigo um pequeno nada que talvez tenhas esquecido. Ou talvez tenhas querido deixar-me aquele pequeno presente: um grama de ilusão.
De Anónimo a 12 de Agosto de 2004 às 00:10
Esse desconhecido pode ser um anjo, uma reminiscência dos verdes anos, uma fantasia à volta de Montgomery Clift...Deve ser lindo quando ele te visita :-)Dora
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