Sábado, 28 de Agosto de 2004
Dado que o endereço weblog está operacional, é lá que estou a publicar os posts actualizados. Peço a quem continua a vir aqui que, se quiser dar-me o prazer de continuar a visitar-me, o fazer
neste endereço. Este blog do Sapo continuará activo porque estou a fazer a importação dos posts para o weblog e também para, caso haja algum problema por lá, deixar aqui o aviso respectivo. Um abraço e vemo-nos por lá.
Quinta-feira, 26 de Agosto de 2004
Não estar aqui
SÓNão ser assim
EUSer sem sentir
SEITer um viver
MEUVoar em pleno
SONHOQuadro: Naedja
Dado que parece que os problemas do weblog afinal não estão resolvidos e continuo invisível vou publicar aqui o post de hoje que lá está. Beijinhos e abraços para quem passar.
Quarta-feira, 25 de Agosto de 2004
Vou aproveitando aqui o espaço para deixar esters avisos.´O problema do weblog está resolvido, foi uma triste coincidência com a minha mudança (que se há-de fazer, é o destino...) . Assim o meu endereço agora é, mesmo
este. Beijinhos e lá os espero.
Terça-feira, 24 de Agosto de 2004
Chegou um pouco cedo à sala onde se realizava a reunião. Olhou em silêncio a sala que tão bem conhecia. Uma mesa comprida e estantes altas, revelando a biblioteca que tinha sido anteriormente. Em cima da mesa costumava haver um pano verde, comprido dos lados, que agora não estava lá. Reparou na ausência do pano e a memória fê-la recuar uns quantos anos. Nunca fixara datas, não sabia dizer se tinha sido há dez anos ou menos. Talvez menos, pensou.
Viu-se de novo naquela reunião com cerca de 10 pessoas e lembrou que ele tinha chegado atrasado. Chegava sempre, até às reuniões. Como seria, agora? Sorriu. Lembrou-se da hesitação dele relativamente ao lugar onde se iria sentar. Nunca se sentava ao lado dela, desde que aquela relação meio louca tinha começado. Tinha ficado imóvel à espera, com o coração a bater acelerado. Afinal puxou a cadeira ao lado dela. E, como por mágica, as vozes dos participantes na reunião baixaram de tom, ficaram quase inaudíveis. Por baixo do pano verde, mãos agitaram-se em dança conhecida. Não se lembrava nada do que se tinha dito naquela reunião. Sabia que lhe tinham feito perguntas e que tinha respondido. Como? Quando a reunião acabou, dois carros saíram voando e, ali mesmo, num dos muitos recantos solitários daquela quinta que ele conhecia tão bem, deram-se um ao outro como sempre que estavam juntos. E separaram-se.
- Telefono-te depois
Telefonava sempre. Ela também. Mesmo que se passassem meses. Até ela se ter afastado, definitivamente. Pensou para si própria que nem tinha precisado de se perguntar porquê. Aconteceu. Como tudo o resto tinha acontecido, tantos momentos como aquele.
- Srª engenheira, a reunião vai começar.
- D. Fátima, tiraram o pano verde?
- Tiraram sim, as pessoas queixavam-se que fazia muito calor.
A D. Fátima nunca percebeu a gargalhada da engenheira. O que é que ela tinha dito que fosse assim tão engraçado?
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