Terça-feira, 8 de Junho de 2004

Para ser flor

wings.jpg


Para ser flor há que ser raiz
plantada bem no fundo da mãe terra
Para ser cristal há que ser areia
roubada sem mercê aos domínios da água
Para ser borboleta há que ser larva
arrastada em si própria pelos troncos
Para ser pássaro há que ser rasteiro
agarrado ao chão em tempos ancestrais

Para voar, o homem tem que ter os pés
assentes na terra, na água, nos troncos, no chão
e procurar nas origens as asas que o elevam.
publicado por lique às 17:51
link do post | quer comentar? | favorito
29 comentários:
De Anónimo a 8 de Junho de 2004 às 21:22
Lique desconhecia esta tua faceta e estou deliciada com as tuas palavras. Não basta escrever há que sentir e isso transparece na tua escrita: tudo tem de ter um principio e assim do nada que se concretiza o todo. Adorei. Um beijinho para ti.anomalia
(http://anomaliaanimalia.blogs.sapo.pt/)
(mailto:anomalia@sapo.pt)
De Anónimo a 8 de Junho de 2004 às 21:05
Descobri uma lacuna em si... Alguém que sente desta forma o mundo, só pode ser carente de alguma coisa.....analfabeto
(http://analfabetosexual.blogs.sapo.pt)
(mailto:pp@sapo.pt)
De Anónimo a 8 de Junho de 2004 às 20:54
Convém, não é, lique?Não só ter os pés bem assentes na terra como não esquecer as suas origens!Gostei do teu texto. As férias estão a fazer-te bem. Estás inspirada.Por falar nisso, já te desejei umas boas férias? Acho que sim. Mas nunca é de mais.Beijinhos e aproveita-as.MWoman
(http://devaneio.blogs.sapo.pt/)
(mailto:siilvam@hotmail.com)
De Anónimo a 8 de Junho de 2004 às 20:02
sinto a tua falta...muahhhhhhh... beijinhos da daliaDalia
(http://nelydalia.blogs.sapo.pt)
(mailto:nelydalia@mail.pt)
De Anónimo a 8 de Junho de 2004 às 19:59
Adoro os teus poemas. Acho que percebi que para se "ser" algo é preciso uma base sólida...Beijos e continuação de boas férias:)***wind
</a>
(mailto:cruzi@netcabo.pt)
De Anónimo a 8 de Junho de 2004 às 19:10
bela imagem.
poema sábio.


bjs.


maat7
(http://http//ardeoazul.blogs.sapo.pt)
(mailto:maat7@sapo.pt)
De Anónimo a 8 de Junho de 2004 às 18:56
Um Paraíso chamado RIAPA

É o único país onde o Investimento Cultural atingiu os 100%. E como investir é dar alguma coisa e esperar sempre por um retorno maior, a RIAPA deu Cultura Paço-Arquiana e recebeu os maiores vultos culturais deste país: Carlos Ponta, Mocho, Tubarão, Ánhuca, Balatuca, Ratinho Blanco, Pierre-Pomme-de-Terre, Dr. Focas das Docas, Guélas, Tita dos Pés Sujos , Bajoulo e muitos mais artistas.
Criados à base de papas de cevada, tornaram-se nas Sumidades Actuais e embrenharam-se por estes Blogs dentro, em infindáveis visitas de cortesia, contra a Ignorância. Contem sempre connosco, porque Cultura é Sempre Cultura e quem vai, vai, quem vem, vem e quem não vai, vá…..

www.riapa.no.sapo.pt

RIAPA
(http://www.riapa.no.sapo.pt)
(mailto:riapa@sapo.pt)
De Anónimo a 8 de Junho de 2004 às 18:41
Lique, adorei o seu poema. Li e gostei muito também do post "A vida de um disquete". Você está de parabéns. Beijos Marcia
(http://www.lendoesonhando.blogger.com.br)
(mailto:maramar15@uol.com.br)
De Anónimo a 8 de Junho de 2004 às 17:56
vinha reler o miguel torga e vi qdo surgiu o teu poema, e daqui te faço uma vénia porque está muito bom. gosto muito dos teus poemas lique, a cada um que escreves nota-se a evolução, desculpa a análise de quem não percebe patavina de literatura mas lê com olhos de "ler" e não passa a vista e despacha o assunto. sei que o comentário está confuso:)) desculpa ms gostei realmente um beijo
encandescente
</a>
(mailto:encandescente@sapo.pt)

Comentar post