"...suponhamos que havia no universo um planeta onde pudéssemos vir ao mundo pela segunda vez. Ao mesmo tempo, lembrar-nos-íamos perfeitamente da vida passada na Terra, de toda a experiência já adquirida.
E talvez houvesse outro planeta onde viéssemos à luz pela terceira vez com a experiência das duas vidas anteriores.
E talvez fosse havendo sempre mais planetas onde a espécie humana fosse renascendo sempre um grau mais acima na escala da maturidade.
Era assim que Tomas via o eterno retorno.
Nós, cá na Terra ( no planeta número um, no planeta da inexperiência), não podemos ter senão uma ideia muito vaga do que aconteceria ao homem nos outros planetas. Tornar-se-ia mais sábio? Poderá alguma vez ter a maturidade ao seu alcance? Poderá ele chegar a ela através da repetição?
Só na perspectiva desta utopia é que as noções de pessimismo e de optimismo têm sentido. Optimista é quem pensa que a história humana será menos sangrenta no planeta número cinco. Pessimista, quem não acredita nisso."
Milan Kundera, A insustentável leveza do ser
De Anónimo a 29 de Abril de 2004 às 11:22
S.M. Tens razão, quantas teorias ou tentativas de explicação se constroem, pela necessidade do homem acreditar na possibilidade de retorno, de emenda do que fez errado, de viver de outra forma... Obrigada pela visita.lique
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De Anónimo a 29 de Abril de 2004 às 00:42
Logo vi que o meu optimismo me havia de levar a algum lado. Planeta cinco dizes tu !!??' ... ok .... bora lá (grilinha já a bordo da nave espacial) ehehehehgrilinha
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De Anónimo a 29 de Abril de 2004 às 00:23
Ah o famoso Milan Kundera e A insustentável leveza do ser. Adorei este livro,boa lembrança, lique, tenho de o voltar a ler, ou pelo menos, passar os olhos, pelas partes que mais me marcaram...BeijosMWoman
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De Anónimo a 29 de Abril de 2004 às 00:11
Este Kundera, sempre a dar-nos que pensar!!! Quem sabe se essa necessidade premente de acreditar de que fala S. M. não tem raízes em alguma parte de nós que segrede ao nosso subconsciente que "há mais mundos que mundo!!!"... Beijinho grande :))maria
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De Anónimo a 28 de Abril de 2004 às 23:56
olá lique
A Insustentável Leveza do Ser foi das obras mais belas que tive oportunidade de ler.
É extraordinária.
Pessoalmente acho que talvez valesse a pena dar uma outra oportunidade ás pessoas, mas não na perspectiva de se redimirem da passagem menos boa, fracassada ou a melhorar que executaram na primeira passagem.
Deveria ser outra voisa.
Beijinhos
Jose Duarte
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De Anónimo a 28 de Abril de 2004 às 22:36
A evidente necessidade do homem em acreditar.S.M
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De Anónimo a 28 de Abril de 2004 às 22:33
LibeLua: o livro é óptimo, o filme capta o essencial da complexidade daquele trio amoroso. E quando um local nos é descrito, não deseejamos sempre lá ir? Quanto mais não seja para que os locais de ficção se tornem reais. Quanto ao que eu disse lá, tenho a certeza que os teus próximos textos me vão dar total razão. :))*lique
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De Anónimo a 28 de Abril de 2004 às 22:29
15 para mim foi, é, e será sempre, uma nota de merda... apenas porque não tinha um cartão do partido que deve calcular... dassss nem o indiano do partido dele foi tão cabrão.analfabeto
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De Anónimo a 28 de Abril de 2004 às 22:22
Li o livro, mas foi o filme que mais se imprimiu em mim com o poder colorido e avassalador das imagens... Soube-me bem ler o teu excerto. Todos os dias viajamos dentro de nós e o retorno é um cais adiado... Como a Ema tb me apetecia viajar pelo espaço onírico das ficções que se imprimem em nós.
Obrigada pelas palavras que me deixaste no Levemente Erótico... e parabéns pelo teu espaço.
LibeLua
</a>
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De Anónimo a 28 de Abril de 2004 às 22:14
Analfabeto: vocês agora andam todos a rosnar... que se há-de fazer? Deixa lá o homem, não deves ter feito assim tão mau trabalho. Ou era daqueles em que 15 é mesmo a nota má?? :))*lique
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