
O que tentam dizer as árvores
no seu silêncio lento e nos seus vagos rumores,
o sentido que têm no lugar onde estão,
a reverência, a ressonância, a transparência
e os acentos claros e sombrios de uma frase aérea.
E as folhas e as sombras são a inocência de uma ideia
que entre a água e o espaço se tornou uma leve
integridade.
Sob o mágico sopro da luz são barcos transparentes.
Não sei se é o ar se é o sangue que brota dos seus
ramos.
Ouço a espuma finíssima das suas gargantas verdes.
Não estou, nunca estarei longe desta água pura
e destas lâmpadas antigas de obscuras ilhas.
Que pura serenidade da memória. que horizontes
em torno do poço silencioso! É um canto num sono
e o vento e a luz são o hálito de uma criança
que sobre um ramo de árvore abraça o mundo.
António Ramos Rosa, Cada árvore é um ser para ser em nós
De Anónimo a 27 de Abril de 2004 às 17:08
...é curioso que das primeiras coisas que comecei a desenhar, muito miudo mesmo, foram as àrvores, de tal modo que, de memória, "fazia " àrvores de todas as espécies e feitios e isto ainda durou muito, até aos rabiscos dos restaurantes lá estava a àrvore; era assim a modos que um simbolo e agradável porque o lápis ou a caneta deslizava sem esforço e rapidamente. Hoje, as árvores já não fazem parte do meu imaginário (ou grande prazer) e pinto-as, porque sim, como se de mais um trabalho se tratasse. A idade tem destas coisas: torna-me mais duro e menos romântico. Bjs e inté!porquinho da india
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