Mulher dos 50 aos 60
Vida de vidro. Procuro, às vezes, algo para quebrar as paredes. Às vezes, porque sempre cansa. O ar é rarefeito aqui, dentro do globo.
Sexta-feira, 2 de Abril de 2004
A minha matur(a) idade
Na minha idade madura,
a vida a escorrer pelos dedos
Vejo no tempo antigo
Mares em que naufraguei
Fogo em que já ardi
Veredas que já pisei
Na minha matur(a) idade,
alma a transbordar no peito
Sonho o tempo que virá
Lagos de águas tranquilas
Chamas de terno langor
Caminhos de sol e sombra
Sempre eu
Inteira
No tempo de ontem
Ou de amanhã
De Anónimo a 2 de Abril de 2004 às 17:06
Olá amiga...lá venho eu discordar um pouco.. o que vejo aqui não é melancolia da idade, mas serenidade de quem sabe que o Tempo tem tempos para tudo em todos os tempos...Não vejo desistências nem medo do ridículo, vejo a calma de quem sabe que algum e que mais haverá de passar sem que deixe de ser a mesma pessoa, as prioridades é que mudaram...percebo a capacidade de ver, sorrir e viver mais plenamente. É o tipo de poesia enganadora de que gosto muito: uma pessoa diz que está aqui, viva, pronta a mais viver, venham as experiências que vierem, eis que estou aqui com a serenidade que me deu o Tempo para viver tudo... e o que acontece? Consolam-te pelo "choro" do "tempo perdido"!:))) Sabes que mais? Parabéns por seres assim! E por fazeres da Vida um tempo sempre presente sabendo olhar para o passado! Há aqui uma lição...que penso ter percebido... posso ter menos 15/20 anos do que tu e qual é a diferença? ZERO! São maneiras de estar na vida... abraço de parabéns Mulher. Se gostei? Ahhhh que pergunta! Adorei, amiga!Beijinhos:))***misogena
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De Anónimo a 2 de Abril de 2004 às 15:01
...voltamos à velha história! (parece que é um de cada vez!), a idade e a melancolia...que belo prelúdio para um fim de semana! Faz como eu; hoje à noite, janta, vê os noticiários; vê se os piriquitos (os gatos!, os Gatos!)estão a dormir e por volta da meia noite ruma a Alcântara; entra sem receios numa das muitas casas nocturnas e verás se não te sentes "em casa": ninguém se admira por te ver ali, não te ouvem (com aqueles decibéis todos, seria milagre; bebe primeiro um sumo de laranja e só mais tarde te deves aventurar a beber algo mais pesado, depois...a noite é tua. Chegas a casa revigorada e garanto-te que só te levantas...daqui a uma semana!! (Roteiro para quebrar a melancolia; oferta gratuita de Porquinho da India). Bjs e bom fim de semana...e inté!porquinho da india
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De Anónimo a 2 de Abril de 2004 às 14:19
Gosto da tranquilidade do teu poema. Mulher, erraste a profissão... olha que há um erro qualquer com as imagens popup. Não aparecem - erro 404 na página de alojamento. bjksognid
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De Anónimo a 2 de Abril de 2004 às 13:56
Gostei do poema, denota a maturidade de quem o escreveu. PS- Não consegui ver a imagem?????analfabeto
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