Quinta-feira, 1 de Abril de 2004

Do amor - paixão (II)

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Glorifiquei-te no eterno.
Eterno dentro de mim
fora de mim perecível.
Para que desses um sentido
a uma sede indefinível.

Para que desses um nome
à exactidão do instante
do fruto que cai na terra
sempre perpendicular
à humidade onde fica.

E o que acontece durante
na rapidez da descida
é a explicação da vida.


Natália Correia, O livro dos amantes




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publicado por lique às 09:02
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6 comentários:
De Anónimo a 2 de Abril de 2004 às 10:05
Mis: acho que tens razão, a mulher raramente se assume como actuante no amor, muito menos no acto de amar. É realmente mais um sujeito passivo que activo, honras sejam feitas às excepções. Na poesia e na vida. Leva lá o teu cházinho, amiga. :))*** lique
(http://mulher50a60.blogs.sapo.pt)
(mailto:lique2@sapo.pt)
De Anónimo a 2 de Abril de 2004 às 09:59
Xzip: Aqui é a visão do amor ao mesmo tempo carnal e espiritual, amor de dois iguais, amor tão sublime quanto os amantes se dão... Talvez a minha visão preferida. Bjslique
(http://mulher50a60.blogs.sapo.pt)
(mailto:lique2@sapo.pt)
De Anónimo a 2 de Abril de 2004 às 02:47
Ora bem, pois é aqui, exactamente no meio dos meus dois queridos amigos que me venho "afiambrar" ao meu cházinho da noite! Xzip, dê cá os biscoitos faz favor... Lique: esta Mulher tornou o Amor num verbo a dois, diferente de tudo (com a excepção da Florebela, naturalmente)o que a fêmea fazia e faz... se repararmos,na literatura, a mulher "sofre" sempre em si o amor do homem como um sacrifício de si mesma e compraz-se nas duas dores: a de amar e a do abandono. Não é activa, não se confessa desejosa, apenas descreve os sintomas provocados pela acção do homem... e ainda vemos muito disto na poesia actual e sobretudo na poesia de blog! O Feminino ama como um acto masoquista porque foi "programado" para não gozar a plenitude do amor. Mas quem sou para falar disto???...hummmm Leio, é isso! A estas horas já não digo coisa com coisa e a Lique fez chá de Camomila...hihihihi! Pois louvo-te de novo a escolha: esta sabia o que queria e sabia, oh se sabia, como dizê-lo! E no entanto, na vida...era espancada, sabiam? pois é...boa noite aos dois, beijinhos! :))***misogena
(http://www.inocencia.blogs.sapo.pt)
(mailto:misogena@sapo.pt)
De Anónimo a 1 de Abril de 2004 às 22:37
É lindo e sublime. Em poucas palavras tanto para reflectir. Amar é estar no outro. Quanto a isso não tenho a menor dúvida. Sem posses, somente entregas totais. :))Xzip
(http://bluedream.blogs.sapo.pt)
(mailto:jpft2001@sapo.pt)
De Anónimo a 1 de Abril de 2004 às 21:14
Mis: sabes, eu gosto da forma como ela se assumiu mulher, corajosa e frontal, no mundo dos homens. É essa força que eu procuro nos poemas dela. Meus? Talvez amanhã...Bjslique
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De Anónimo a 1 de Abril de 2004 às 19:37
LIQUE: Colocar aqui esta Mulher é um acto de valor e de coragem! Parabéns por isso e mais ainda, pela escolha do poema...É que não é sempre que ela se confessa assim no amor...não é sempre que "abre" e o procura dentro de si, onde já o tinha interiorizado... Ah Lique, haja sensibilidade e perspicácia! Beijinhos, amiga!:)) misogena
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