
Porque
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner
De Anónimo a 25 de Março de 2004 às 12:34
Xzip: homem, podes desabafar aqui quando quiseres. Vê o lado bom da questão: estás de certeza a fazer algo de que gostas muito! Isso às vezes já é recompensa suficiente. Bjslique
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(mailto:lique2@sapo.pt)
De Anónimo a 25 de Março de 2004 às 12:31
ognid: há textos que feliz ou infelzmente se mantém sempre actuais. Dantes era a repressão, agora é a auto censura. Uma coisa que eu nunca gostei muito de praticar, sinceramente. Beijinhoslique
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De Anónimo a 25 de Março de 2004 às 12:29
José: Como é a primeira vez que apareces, dou-te umas boas vindas especiais! Claro que fui espreitar o teu blog. E gostei. Os teus textos exigem reflexão, por isso os comentários vão ficar para outra hora. Quanto a este poema e á autora, nem tem discussão, não é? Volta sempre.lique
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De Anónimo a 25 de Março de 2004 às 12:24
MWoman: aqui a sopinha, o café, o chá e os bolinhos são sempre para compartilhar com os amigos. Claro que chegará sempre para ti. Sê bem vinda, estou a adorar os teus devaneios. :))***lique
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De Anónimo a 25 de Março de 2004 às 00:12
Apropriado aos tempos que correm. Muito actual apesar de escrito há bastante tempo...bjksognid
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De Anónimo a 24 de Março de 2004 às 23:26
A Sophia tem textos extraordinários!
Fica bem!Jose Duarte
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De Anónimo a 24 de Março de 2004 às 22:37
Há coisas que infelizmente estão sempre actuais, mas lembrá-las mesmo que seja através de um poema, é necessário, é um bom exercício de reflexão!(ouvi falar em sopa...chegava para mim?...desculpa o devaneio...mas uma sopinha quente vem sempre a calhar!)MWoman
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De Anónimo a 24 de Março de 2004 às 21:51
As minhas ausências têm a ver com o meu trabalho, pois neste momento estou a trabalhar em dois projectos para o emprego com outra colega (mas fora de horas de serviço...). Exige muito tempo agarrado ao computador. Somente dois malucos apaixonados pelo emprego como eu e a minha colega nos "metemos" nestes "apertos" de forma voluntária e não remunerada. E nem sequer agradecida... Além disso, tenho uma familia, que precisa tempo e está sempre em primeiro lugar. Felizmente estou quase a entrar de férias (mas também para trabalhar...). Eu quando puder volto. Desculpa o desabafo. Um abraço.Xzip
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De Anónimo a 24 de Março de 2004 às 21:12
Mis: olá amiga! Vinhas para a sopinha da noite. Olha que um caldo verde até nem caía mal! Tu sabes bem o que este poema significa hoje, independentemente do tempo em que foi escrito. Por isso me apeteceu pô-lo aqui, embora quase toda a gente o conheça. E é claro que vamos continuar... Beijinhos.lique
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De Anónimo a 24 de Março de 2004 às 21:04
Xzip: bem vindo! Fazes cada ausência... Ficamos com saudades. Tens muita sorte se conheceres duas ou três pessoas assim. Essas são as que te dizem aquilo de que gostam e de que não gostam mas nunca te atraiçoam. São os que não se calam que fazem a sociedade avançar, embora raramente sejam eles que detêm o poder. Bjslique
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