É do ocaso que te quero falar:
-Da angústia que se esvai;
Com ela o sol.
Da hora em que o silêncio ainda é tão leve
que nem sequer a brisa o trai.
Verás o tempo estagnar
no intangível esbater da cor.
Os cinzas e os cobres em que repousam
os verdes e os azuis.
Quero falar-te do desassossego dos pássaros,
prenúncio da calma de mais uma noite,
e, da paz intensa, mas tão breve,
que gostava de partilhar contigo,
meu amor.
Manuel Filipe, in Poemas de Manuel Filipe
Foto: Orca Ruga Bin
De
Mel a 26 de Maio de 2006 às 19:15
Gosto muito de passar por aqui e ver as belezas que vc nos deixa... Este poema diz muito de como me sinto hoje...
Desejo que vc tenha um bom fim de semana.
Bjo, Mel
De
Noite a 31 de Maio de 2006 às 17:49
É no silêncio que encontramos as palavras a pronunciar, é no silêncio que as envolvemos em sentidos, e é nesse mesmo silêncio que muitas vezes não as arriscamos proclamar.
É no silêncio dos dias opacos que permuto meus sentimentos em alento de palavras oferecidas... Bom dia! Bj ;)
De victorbokage@iol.pt a 13 de Agosto de 2007 às 17:04
que bonito
De Anónimo a 13 de Agosto de 2007 às 17:07
Poema
Cada silêncio
É a memória de tudo o que vemos
E vamos pelo encontro do vazio
Até à ternura do encanto
Victor Serra
victorbokage@iol.pt
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